How to Renew Your
Body: Fasting and Autophagy
by Jason Fung (Diet
Doctor)
Em 3 de
outubro, a Assembléia do Nobel no Instituto Karolinska premiou Yoshinori Ohsumi com o Nobel de Fisiologia ou Medicina por
suas descobertas de mecanismos de autofagia.
Mas o que é
a autofagia? A palavra deriva do grego auto (auto) e phagein (comer). Assim, a
palavra significa literalmente comer a si mesmo. Essencialmente, este é o
mecanismo do corpo de se livrar de toda maquinaria celular velha, quebrada (organelas,
proteínas e membranas celulares), quando já não há energia suficiente para
sustentá-la. É um processo regulado, ordenado, para degradar e reciclar
componentes celulares.
Há um processo similar, chamado como apoptose, também conhecido como
morte celular programada. As células, depois de um certo número de divisões,
estão programados para morrer. Embora isto pode parecer meio macabro num
primeiro momento, perceba que este processo é essencial para manter uma boa
saúde. Por exemplo, suponha que você possui um carro. Você ama este carro. Você
tem grandes memórias a respeito dele. Você ama dirigi-lo.
Mas depois
de alguns anos, ele começa a parecer batido. Depois de um tempo, ele não parece
mais tão bom. O carro está custando milhares de dólares a cada ano para sua
manutenção. É quebrando o tempo todo. É melhor continuar a mantê-lo quando já não
resta mais nada, a não ser um pedaço de lixo? Obviamente que não. Então você se
livra dele e compra um carro novinho em folha.
A mesma
coisa acontece no corpo. As células se tornam velhas e sem valor. É melhor que
sejam programadas para morrer quando sua vida útil acabar. Parece muito cruel,
mas é a vida. Este é o processo de apoptose, em que as células são pré destinadas
a morrer após um certo período de tempo. É como a locação de um carro. Após um
determinado período de tempo, você se livra do carro, quer ele ainda esteja
funcionando ou não. Então você pega um carro novo. Você não tem que se preocupar
com ele quebrar no pior momento possível.
Autofagia - substituição de peças velhas da célula
O mesmo
processo também acontece em um nível sub celular. Você não precisa
necessariamente substituir todo o carro. Às vezes, você só precisa substituir a
bateria, jogar fora a velha e adquirir uma nova. Isto também acontece nas
células. Em vez de matar toda a celular (apoptose), você só deseja substituir
algumas partes da célula. Esse é o processo de autofagia, onde organelas sub celulares
são destruídas e novas são construídas para substituí-las. Membranas celulares
e organelas velhas e outros restos celulares podem ser removidos. Isto é feito
enviando-os para os lisossomos, que são organelas especializadas contendo
enzimas para degradar proteínas.
A autofagia
foi descrita pela primeira vez em 1962, quando pesquisadores observaram um
aumento no número de lisossomos (a parte da célula que destrói o material) em
células de fígado de rato após a infusão de glucagon. O cientista vencedor do
prêmio Nobel Christian de Duve criou o termo autofagia. Partes subcelulares danificadas
e proteínas não utilizadas são marcadas para destruição e, em seguida, enviadas
para os lisossomos para terminar o trabalho.
Um dos
principais reguladores da autofagia é a chamada quinase chamada M-TOR (mammalian target of rapamycin). Quando
mTOR é ativada, ela suprime a autofagia, e quando inativa, ela a promove.
O que ativa a autofagia?
Privação de
nutrientes é o ativador fundamental da autofagia. Lembre-se que o glucagon é um
tipo de hormônio oposto à insulina. É como o jogo que jogávamos quando éramos
crianças – ‘dia do oposto’. Se a insulina aumenta, o glucagon diminui. Se a
insulina diminui, o glucagon sobe. Quando comemos, a insulina aumenta e o glucagon
diminui. Quando não comemos (jejum) a insulina diminui e o glucagon aumenta. Este
aumento de glucagon estimula o processo de autofagia. Na verdade, o jejum (aumento
do glucagon) fornece o maior impulso conhecido para a autofagia.
Esta é, em
essência, uma forma de limpeza celular. O corpo identifica o equipamento
celular velho e abaixo do padrão e o marca para a destruição. É a acumulação de
todo este lixo que pode ser responsável por muitos dos efeitos do
envelhecimento.
O jejum é, na verdade, tem muito mais benefícios
do que apenas estimular a autofagia. Ele faz duas coisas boas. Ao estimular a
autofagia, estamos limpando todos as nossas proteínas e peças celulares velhas
e sem utilidade. Ao mesmo tempo, o jejum também estimula o hormônio do crescimento, que diz ao nosso corpo para começar a
produzir algumas peças novinhas para o corpo. Estamos realmente dando aos
nossos corpos a renovação completa.
Você precisa
se livrar do material velho antes que você possa colocar o novo material. Pense
em renovar a sua cozinha. Se você tem armários verdes velhos e sem valor, você
precisa jogá-los fora antes de colocar novos. Assim, o processo de destruição (remoção)
é tão importante quanto o processo de criação. Se você simplesmente tentar
colocar novos armários sem tirar os antigos, isso ficaria muito feio. Assim, o
jejum pode em alguns aspectos reverter o processo de envelhecimento, por se
livrar de lixo celular velho e substituí-lo por peças novas.
Um processo altamente controlado
A autofagia
é um processo altamente regulado. Se ele fosse executado de forma frenética,
fora de controle, isso seria prejudicial, por isso deve ser cuidadosamente
controlado. Em células de mamíferos, a depleção total de aminoácidos é um sinal
forte para autofagia, mas o papel dos aminoácidos individuais é mais variável. No
entanto, as concentrações plasmáticas de aminoácidos variam muito pouco. Sinais
de aminoácidos e sinais de fator de crescimento/insulina são pensados para
convergir para a via mTOR - às vezes chamada de mestre regulador da sinalização
de nutrientes.
Assim,
durante a autofagia, componentes celulares velhos e sem utilidade são quebrados
em componentes aminoácidos (o bloco de construção de proteínas). O que acontece com esses aminoácidos? Nas
fases iniciais de jejum, os níveis de aminoácidos começam a aumentar. Acredita-se
que estes aminoácidos derivados da autofagia são entregues para o fígado para a
gliconeogênese. Eles também podem ser decompostos em glicose através do ciclo do
ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs). O terceiro destino potencial de
aminoácidos é ser incorporado em novas proteínas.
As
consequências da acumulação de proteínas velhas e sem utilidade em todo lugar
pode ser visto em duas condições principais - na doença de Alzheimer (DA) e no câncer.
A doença de Alzheimer envolve a acumulação de proteínas anormais - beta-amilóide ou a proteína tau, que atrapalham
o sistema cerebral. Faria sentido que um processo como a autofagia, que tem a
capacidade de limpar velhas proteínas, possa impedir o desenvolvimento da doença
de Alzheimer.
O que
desliga a autofagia? Comer. Glicose, insulina (ou redução do glucagon) e
proteínas desligam este processo de auto limpeza. E não é preciso muito. Mesmo uma pequena quantidade de aminoácidos (leucina) poderia parar a autofagia. Portanto, este processo de autofagia é
exclusivo para o jejum - algo não encontrado em restrição calórica simples ou
dieta.
Existe um
equilíbrio aqui, é claro. Você pode ficar doente por excesso de autofagia, bem
como por sua deficiência. O que nos leva de volta ao ciclo natural da vida – festa
e jejum (feast and fast). Não dieta constante.
Isso permite o crescimento celular durante o período de alimentação, e de
limpeza celular durante o jejum - equilíbrio. Vida é uma questão de equilíbrio.
(Traduzido
de https://www.dietdoctor.com/renew-body-fasting-autophagy)
Para ficar por dentro das atualizações,
RECEBA AS NOVIDADES POR E-MAIL:
SITE:
NO INSTAGRAM:
CANAL NO YOUTUBE:
PÁGINAS NO FACEBOOK:
É prazeroso visitar esta página, Liss. Obrigado pelas traduções.
ResponderExcluirQue bom! Fico feliz!
Excluirmuito bom quase ficção científica
ResponderExcluirBoa noite Liss, conheci hoje o seu blog, fico muito feliz e agradecido pelo seu trabalho, especialmente pela tradução dos textos do Dr. Jason Fung. Parabéns e obrigado novamente!!
ResponderExcluirEu que agradeço a vocês! :)
ExcluirMuito bom. Leio e recomendo aos amigos.
ResponderExcluirMuito obrigada! Fico feliz com isso!
ExcluirJá que passei para ler, deixo um comentário para incentivar a continuar o bom trabalho. Obrigado!
ResponderExcluirObrigada de coração!
ExcluirAdorei! Faço jejum de 24hrs todos os dias!! Foi uma libertação, recomendo ��
ResponderExcluirOi...qual horário você faz???
ExcluirTambém estou fazendo jejum todos os dias, mas variando entre 16, 18 e 24 horas. Uma vez por mês, 36 ou 72 horas. É como alejulinha escreveu: libertador.
ExcluirMuito bom. Leio e recomendo aos amigos.
ResponderExcluirMuito esclarecedor e fascinante,obrigado por compartilhar
ResponderExcluirMuito esclarecedor e fascinante,obrigado por compartilhar
ResponderExcluirMuito esclarecedor e fascinante,obrigado por compartilhar
ResponderExcluirSó não entendi até agora como a autofagia pode vir a ser excessiva.
ResponderExcluirfoi noticiado na tv que a autofagia pode desencadear doenças como cancer, etc.. e agora? em quem acreditar?
ResponderExcluirO que dr. Jason Fung explicou nesse texto tem base científica. Quem cursa Medicina ou Nutrição estuda isso na faculdade. E, conforme citado no texto, um cientista ganhou o prêmio Nobel em relação a esse assunto. Já o que foi dito na TV, eu não sei qual a base da informação, qual o nível de evidência e confiabilidade. Então...
Excluir"noticiado na TV"? Você lembra em que canal e em que programa foi dito isso? É de extrema importância expor esses imbecis da grande mídia que nos cospem mentiras dia após dia. A dica de saúde mais importante que eu tenho pra te dar: desligue a TV, melhor ainda guarde-a em algum canto escondido da casa, assim você não sofre tanta tentação de ligá-la. Após algumas semanas você vai perceber que seu cérebro acordou de um coma profundo, e já me antecipo aos seus agradecimento: De nada haha
ExcluirValeu vou experimentar
ResponderExcluir